SUJEITO NULO OU SUJEITO PREENCHIDO? UMA ANÁLISE DA VARIEDADE FALADA PELA COMUNIDADE QUILOMBOLA RIO DAS RÃS – BAHIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2020.v8i1.210

Palavras-chave:

Comunidade quilombola Rio das Rãs; Parâmetro do Sujeito Nulo; Português Brasileiro; Sociolinguística Paramétrica; Sujeitos de referências definida

Resumo

Nesta dissertação, analisamos o uso do sujeito pronominal de referência definida na fala da comunidade linguística quilombola Rio das Rãs, situada no município de Bom Jesus da Lapa – Bahia, sob a perspectiva da Sociolinguística Paramétrica (TARALLO; KATO, 1989-2007), que associa pressupostos teóricos de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1981) e da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968-2006; LABOV, 1972-2008). O estudo desse corpus se justifica pelo fato de poder contribuir para a caracterização do português brasileiro no que se refere à discussão acerca do Parâmetro do Sujeito Nulo. Nesse corpus, que é composto por dados de 24 (vinte e quatro) entrevistas, com duração de aproximadamente 50 a 60 minutos cada, estudamos a variável dependente ‘sujeito pronominal nulo’ versus ‘sujeito pronominal preenchido’, levando em consideração os fatores linguísticos: pessoa do discurso, morfologia verbal, forma verbal, tempo verbal, estrutura de CP, adjuntos antes do sujeito, categorias funcionais entre o IP e o núcleo de IP, padrão sentencial, sujeitos deslocados à esquerda, traço semântico do referente; e sociais: sexo, faixa etária, escolaridade, rede de relações sociais, exposição à mídia. Dessas variáveis linguísticas consideradas, o Pacote de Programa Estatístico selecionou como significante os grupos (i) pessoa do discurso; (ii) padrão sentencial; (iii) traço semântico do referente de 3ª pessoa; (iv) forma verbal; (v) morfologia verbal; (vi) tempo verbal; (vii) estrutura do CP; entre as variáveis sociais não sobressaiu nenhum grupo de fatores. Os dados coletados foram submetidos ao Programa Goldvarb X. Ao término das rodadas, foram detectadas 1534 (um mil, quinhentos e trinta e quatro) ocorrências, das quais, obtivemos um percentual de 80,9% de sujeito pronominal expresso em oposição a 19,1% de sujeito pronominal nulo. Os resultados quantitativos evidenciam o alto preenchimento do sujeito pronominal na fala dos moradores de Rio das Rãs, o que representa um indício de que essa comunidade parece estar caminhando na mesma direção que vem percorrendo o português brasileiro rumo ao preenchimento do sujeito, como tem sido demonstrado em trabalhos acerca da variedade urbana, como os de Duarte (1995; 2019), Cavalcante (2001), Duarte e Rezende dos Reis (2018), entre outros. A hipótese inicial proposta por esta pesquisa de que os moradores mais jovens da comunidade Rio das Rãs utilizariam mais a estratégia de preenchimento do sujeito, podendo revelar uma mudança em curso, não foi comprovada, visto que não houve um emprego mais significativo dessa variável pelos falantes mais jovens com relação aos das demais faixas etárias, o que nos revela um resultado muito interessante, pois demonstra que essa variável está  disseminada no sistema linguístico do português brasileiro como um todo, seja na variável urbana seja na variedade quilombola, como a aqui estudada. 

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ALMEIDA, N. L. F. de. Sujeito nulo e morfologia verbal no português falado por três comunidades do interior da Bahia. 2013. 200 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. Disponível em:http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/270521/1/Almeida_NormaLuciaFernandesde_D.pdf. Acesso em: 16 jul. 2019.

BERLINCK, R. de A. A ordem V SN no Português do Brasil: Sincronia e Diacronia. 256 f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1988. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/270747. Acesso em: 18 out. 2019.

BRITO, K. M. S.; OLIVEIRA, K. R. F.; CHAVES, S. F.; GONÇALVES, E. Uso do pronome de terceira pessoa ‘ele(a)’ com verbos impessoais. In: X Jornada Nacional de Linguística e Filologia da Língua Portuguesa, 2015, Vitória da Conquista. Anais... Vitória da Conquista: UESB – DELL, 2015. p. 130.

BORER, H. Parametric Syntax. Case Studies in Semitic and Romance Languages. Dordrecht: Foris Publications, 1983.

CARVALHO, J. J. de (org.). O Quilombo do Rio das Rãs: Histórias, tradições, lutas. Salvador: EDUFBA, 1996.

CAVALCANTE, M. A. da S. O sujeito pronominal em Alagoas e no Rio de Janeiro: um caso de mudança em progresso. 2001. 128 f. Tese (Doutorado em Letras e Lingüística) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2001.

CHAVES, A. S. A ordem VS no português da fronteira. 78 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1987.

CHOMSKY, N. Lectures on Government and Binding. Dordrecht: Foris, 1981.

CHOMSKY, N. Some Concepts and Consequences of the Theory of Government and Binding. Linguistic Inquiry Monograph, v. 6, Cambridge, MIT press, 1982.

CHOMSKY, N. O conhecimento da língua: sua natureza, origem e uso. Tradução de Anabela Gonçalves e Ana Teresa Alves. Lisboa: Caminho, 1994. 344 p.

COMRIE, B. Language Universals and Linguistic Typology. Chicago: University of Chicago Press, 1981.

CORVALÀN, C. S. Extending the sociolinguistic variable to syntax: The case of pleonastic clitics in Spanish. In: D. Sankoff & H. Cedergreen (eds.), 1981.

CUNHA, A. S. de A. A atuação do ‘Parâmetro do Sujeito Nulo’ na variedade popular do português falado nos quilombos do Maranhão. 228 f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo, 2003.

CYRINO, S. M. L. Observações sobre a mudança diacrônica no português do Brasil: objeto nulo e clíticos. In: ROBERTS, I.; KATO, M. A. (org.). Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993. p. 163-184.

CYRINO, S. M. L. O objeto nulo no Português do Brasil: um estudo sintático diacrônico. 227 f. Tese (doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1994. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/270355/1/Cyrino_SoniaMariaLazzarini_D.pdf. Acesso em: 04 abril. 2019.

CYRINO, S. M. L.; DUARTE, M. E. L.; KATO, M. A. Visible subjects and invisible clitics in brazilian portuguese. In: KATO, M. A.; NEGRÃO, E. V. (ed.) Brazilian portuguese and the null subject parameter. Madri: Iberoamericana; Frankfurt am Main: Verveurt, 2000, p. 55-73.

DUARTE, M. E. L. Clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil: variação e sintaxe. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências – Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1986.

DUARTE, M. E. L. Clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no português do Brasil. DELTA, São Paulo, v. 8, n. Especial, p. 37-52, 1992.

DUARTE, M. E. L. A Perda do Princípio “Evite Pronome” no Português Brasileiro. 144 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/270366. Acesso em: 04 abril. 2019.

DUARTE, M. E. L.; REIS, E. P. R. Revisitando o sujeito pronominal vinte anos depois. ReVEL, São Paulo, vol. 16, n. 30, p. 173-197, 2018. Disponível em: http://www.revel.inf.br/files/23f8c093cf2be398414c965bf05f8e75.pdf. Acesso em: 03 fev. 2020.

DUARTE, M. E. L. A Sociolinguística “paramétrica”: desfazendo alguns equívocos. Guavira Letras, Três Lagoas, v. 15, n. 31, p. 124-140, 2019a. Disponível em: http://websensors.net.br/seer/index.php/guavira/article/view/868/606. Acesso em: 17 fev. 2020.

DUARTE, M. E. L. O sujeito nulo referencial no português brasileiro e no português europeu. In: GALVES, Charlote; ROBERTS, I.; KATO, M. A. (org.). Português brasileiro: uma segunda viagem diacrônica. Campinas: Ed. da UNICAMP, 2019b, p. 93-126.

DUARTE, M. E. L. Participação via Skype em banca de dissertação [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por eugenia@brazilmail.com em 2 de nov. 2019c.

DUBUISSON, C. L’inversion du SN sujet et la post-position du SN loud en français. In: D. Sankoff & H. Cedergreen (ed.), 1981.

GALVES, C. Agreement and Subject in Brazilian Portuguese. ms, Universidade Estadual de Campinas, 1991.

GALVES, C. O enfraquecimento da concordância no português brasileiro. In: ROBERTS, I.; KATO, M. A. (org.). Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993. p. 387-408.

GALVES, C. M. C. Tópicos, Sujeitos, Pronomes e Concordância no Português Brasileiro. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, v. 34, p. 7-21, 1998. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637048/4770. Acesso em: 23 jul. 2020.

GALVES, C. M. C. Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas: Editora da Unicamp, 2001.

GREENBERG, J. Universals of Language. 2. ed. Cambridge, Mass.: The MIT Press, 1963.

GUY, G.; ZILLES, A. Sociolinguística Quantitativa, instrumental de análise. São Paulo, Parábola Editorial, 2007.

HENRY, Alison. Variation and Syntactic Theory. In: CHAMBERS, Jack K.; TRUDGILL, Peter; SCHILLING-ESTES, Natalie. (ed.). The Handbook of Language Variation and Change. 3.ed. Oxford; Australia: Blackwell, 2006. p. 267-282

HOCHBERG, J. Functional compensation for /s/ deletion in Puerto Rican Spanish. Language: Journal of the Linguistic Society of America, v. 62, n. 3, p. 609-621, 1986.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário Houaiss Conciso. São Paulo: Moderna, 2011.

HUANG, C.T. J. On the distribution and reference of the empty categories. Linguistic Inquiry, n. 15, p. 531-574, 1984.

KATO, M. A. Expletivos nulos e construções de tópico/sujeito no português brasileiro. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, v. 57, n.1, p. 7-22, 5 ago. 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8641469/8986. Acesso em: 23 jul. 2020.

KATO, M. A.; DUARTE, M. E. L. A variação entre construções finitas pessoais e impessoais no Português Brasileiro. Sociodialeto, Campo Grande, v.4, n.12, p.153-177, 2014. Disponível em: https://docplayer.com.br/73648226-A-variacao-entre-construcoes-finitas-pessoais-e-impessoais-no-portugues-brasileiro.html. Acesso em: 22 jul. 2020.

KAYNE, R. On certain differences between French and English. Linguistic Inquiry, United States, v. 12, p. 349-371, 1981.

KEAN, M. L. The Theory of Markedness in Generative Grammar. Thesis (Doutorado) – distributed by the Indiana University Linguistics Club, Bloomington, 1975.

KEENAN, E; COMRIE, B. Noun phrase accessibility and universal grammar. Linguistic Inquiry, Estados Unidos, v. 8, n. 1, p. 63-100, 1977.

LABOV, W. Principles of Linguistic Change. Vol I: Internal Factors. Oxford: Blackwell, 1994.

LABOV, W. Padrões Sociolinguísticos. Trad de Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre e Caroline Rodrigues Cardoso. 1 ed. São Paulo, Parábola Editorial, 1972-2008. 392 p.

LIRA, S. de A. Nominal, Pronominal and Zero Subject in Brazilian Portuguese. 227 f. Thesis – University of Pennsylvania,1982..

LUCCHESI, D. A variação na concordância de gênero em uma comunidade de fala afro-brasileira: novos elementos sobre a formação do português popular do Brasil. 2001. 364 f. Tese (doutorado) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2001.

LUCCHESI, D.; BAXTER, A.; RIBEIRO, I. (org.). O português Afro-Brasileiro. Salvador: EDUFBA, 2009.

NARO, A. J. Morphological constraints on subject deletion. In: D. Sankoff e H. Cedergreen (org.). Variation omnibus. Edmonton, Alberta: Linguistic Research Inc, 1981.

NARO, A. J. O dinamismo das línguas. In: MOLLICA, M. C.; BRAGA, M. L. (org.). Introdução à Sociolinguística: O tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2010. p. 43-50.

OLIVEIRA, K. R. F.; GONÇALVES, E. O pronome de terceira pessoa 'ele' preenchendo a posição de sujeito em construções impessoais. In: SEVALING Seminário de Variação e Mudança Linguística no Sudoeste da Bahia, 2017, Vitória da Conquista. Anais... Vitória da Conquista: UESB – DELL, 2017.

OMENA, N. P. de. Pronome pessoal de terceira pessoa: suas formas variantes em função acusativa. 138 f. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1978.

ORSINI, M. T; VASCO, S. L. Português do Brasil: língua de tópico e de sujeito. Diadorim, Rio de Janeiro, v.2, p. 83-98, 2007. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/diadorim/article/view/3852/15904. Acesso em: 24 jul. 2020.

PAIVA, M. C. de. A variável gênero/sexo. In: MOLLICA, M. C., BRAGA, M. L. Introdução à sociolingüística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2003, p. 33-42.

PICALLO, M. C. The infl node and the null subject parameter. Linguistic Inquiry, Estados Unidos, v. 51, p. 75-101, 1984.

PONTES, E. S. L. O tópico no português do Brasil. Campinas: Pontes, 1987.

RAMOS, J. O emprego de preposições no português do Brasil. In: TARALLO, F. (org). Fotografias Sociolinguísticas. Campinas: Pontes, p. 83-93, 1989.

RAMOS, J. Marcação de Caso e mudança sintática no português do Brasil: uma abordagem gerativa e variacionista, 380 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1992. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/269355. Acesso em: 18 out. 2019.

RIZZI, L. Issues in Italian Sintax. Dordrecht: Foris Publications, 1982.

SAFIR, K. Syntactic Chains and the Definiteness Effect.Thesis (Doctor of Philosophy) – Massachusetts Institute of Technology, 1982.

SANkOFF, D.; TAGLIAMONTE, S. A.; SMITH, E. Goldvarb X: a variable rule

application for Macintosh and Windows. Department of Linguistics, University of Toronto, 2005

SOUZA, J. E. de; ALMEIDA, C. D. de. Comunidades rurais negras Rio das Rãs - Bahia. Documentário. DF: Arte e Movimento, 1994.

JAEGGLI, O., SAFIR, K. J. The null subject parameter. Reidel: Dordrecht, 1989.

TARALLO, F. Relativization Strategies in Brazilian Portuguese. 273 f. Tese (Doutorado) – University of Pennsylvania, Pennsylvania, 1983.

TARALLO, F. The filling of the gap: Pro-drop rules in Brazilian Portuguese. In: L. D. King & C. A. Maley (eds.), Selected Papers from the XIIIth Linguistic Symposium on Romance Languages, Amsterdam/Philadelphia, John Benjamins Publishing Co., p. 354-375, p. 1985.

TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 1985.

TARALLO, F. Por uma sociolinguística românica "paramétrica": fonologia e sintaxe. Ensaios de Linguística, Belo Horizonte, n.13, p. 51-83,1987. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/cltl/article/view/7205/6205. Acesso em: 21 out. 2019.

TARALLO, F. Diagnosticando uma gramática brasileira: o português d'aquém e d'além mar ao final do século XIX. In: ROBERTS, I.; KATO, M. A. (org.). Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993. p. 69-106.

TARALLO, F.; KATO, M. A. Harmonia trans-sistêmica: variação intra- e inter-linguística. Revista Diadorim, Rio de Janeiro, v. 2, p. 13-42, 1989-2007. Disponível em: https://doi.org/10.35520/diadorim.2007.v2n0a3849. Acesso em: 18 out. 2019.

TORREGO, E. On inversion in Spanish and some of its effects. Linguistic Inquiry, Estados Unidos, v. 15, n. 1, p. 103-129, 1984.

WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Tradução de Marcos Bagno. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 1968-2006. 152 p.

Downloads

Publicado

30-12-2020