MULHERES INVISÍVEIS: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA SOBRE O USO DAS GÍRIAS POR ENCARCERADAS EM UM PRESÍDIO BAIANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2023.v11i1.249

Palavras-chave:

Sociolinguística. Gírias de Grupo. Invisibilidade social. Mulheres encarceradas

Resumo

A língua permite, por meio da comunicação, que o ser humano se expresse, interaja e deixe suas marcas sobre sua experiência no mundo e, ao mesmo tempo, que reflita suas vivências na/pela língua. Uma comunidade de prática formada por pessoas marginalizadas pela sociedade utilizará a língua como uma forma de responder ao processo de opressão, e a língua, por sua vez, apresentará traços dessa vivência precária e sofrida. Diante disso, considerando as mulheres encarceradas como um grupo marginalizado e invisibilizado pela sociedade, buscamos, por meio desta pesquisa, estudar a linguagem das mulheres em privação de liberdade em um presídio do interior baiano, especificamente, no Conjunto Penal Advogado Nilton Gonçalves, localizado na cidade de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Como recorte para um estudo sobre linguagem, elegemos as Gírias de Grupo, um dos recursos disponíveis na língua, variação linguística caracterizada pela natureza criptológica que exerce a função de autoproteção e identificação do grupo em que ela surge. Para tanto, a fim de compreender o objeto de estudo e analisá-lo em suas particularidades, ancoramo-nos teoricamente nos pressupostos da Sociolinguística, abordando-a à luz das ondas Variacionista (LABOV, 2008, [1972], 2010 [1994],), Interacional (GUMPERZ, 1982) e Estilística (ECKERT, 2003, 2008, 2012). Além disso, utilizamos, como fonte para descrição do nosso objeto, os estudos de Preti (1984, 2006 [2004]) e, no decorrer da análise, buscamos subsídios teóricos de Lakoff e Johnson (2002), dentre outros, a fim de contribuir para nossa análise. Dessa forma, objetivamos, por meio desta pesquisa, identificar se há a utilização das Gírias de Grupo pelas internas do presídio eleito e, a partir daí, responder de que modo essa forma de linguagem é utilizada, qual a relação entre a vivência no ambiente prisional e os aspectos individuais de cada uma das internas com a utilização desses vocábulos gírios e, ainda, se esses vocábulos gírios tendem a fazer parte do vernáculo popular. Assim, hipotetizamos, inicialmente, que há a utilização de vocábulos gírios pela comunidade de prática estudada, com formação ligada ao processo de metaforização, constituindo-se como um dos elementos que compõem a cultura e comunicação das internas. Além disso, levantamos a hipótese de que a popularização dos termos gírios pode enfrentar o preconceito linguístico como um obstáculo para sua concretização. Diante da pesquisa, obtivemos, em nossos resultados, a constatação de que os vocábulos gírios são utilizados no ambiente prisional estudado, que fazem parte do vernáculo das internas, compondo um conjunto de elementos linguísticos necessários para a organização de regras no meio prisional. Por fim, buscamos, por meio deste estudo, produzir um material que contribua para os estudos sociolinguísticos de forma a ser subsídio para uma reflexão da situação das mulheres encarceradas, para o (re)pensar na forma de ressocialização e educação nos presídios brasileiros e para auxiliar entidades que trabalham junto à equipe do estabelecimento prisional em prol da defesa dos direitos fundamentais das internas e pela ressocialização.

 

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Publicado

30-12-2023