BNCC, EDUCAÇÃO E SILENCIAMENTO DE SENTIDOS: ENTRE AS EVIDÊNCIAS DISCURSIVAS, O ESTÁVEL E O EQUÍVOCO NAS REDES
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2023.v11i1.262Palavras-chave:
BNCC. Discurso Digital. Educação e Neoliberalismo. Silenciamento. Resistência.Resumo
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) consiste em um documento de caráter normativo para a área Educacional, publicado nos anos de 2017 para os segmentos da Educação Infantil e Ensino Fundamental; e, em 2018, para o segmento do Ensino Médio, tendo sua versão final homologada em 2018, compreendendo toda a Educação Básica. Ante o exposto, a seleção da BNCC como objeto de análise discursiva, sendo uma legislação educacional recente, justifica-se pelos impactos e desdobramentos já instaurados na educação brasileira, além de consequências futuras, já que a BNCC, sendo um documento normativo e prescritivo para um currículo comum na educação básica, vai orientar e determinar o processo educacional a partir, dentre outros aspectos, de um caráter impositivo e um funcionamento discursivo de estabilização de sentidos. Assim, a questão-problema que norteia essa pesquisa é: como a educação é discursivizada na BNCC e que confrontos discursivos são instaurados, a partir da circulação discursiva do documento nas/em redes digitais e sociais? A partir dessa indagação, estabelecemos as seguintes questões auxiliares: (i) que formações ideológicas e discursivas determinam os ditos (e não ditos) do processo discursivo em pauta? (ii) Como se dá a subjetivação dos leitores na seção de comentários das postagens digitais acerca da BNCC? O nosso objetivo geral consiste em analisar a discursivização da educação na BNCC e os confrontos de sentidos instaurados a partir da circulação do documento nas mídias digitais. O quadro teórico que embasa esta pesquisa é o da Análise de Discurso fundada por Pêcheux, além de outros estudiosos da AD. Ademais, são relevantes as contribuições do campo teórico da Educação, das Ciências Sociais e do discurso digital. O corpus foi constituído por vinte e nove sequências discursivas, distribuídas em sete recortes, efetuados – por captura de tela – a partir de trechos do documento oficial da BNCC, publicado no site do Ministério da Educação (MEC), além de postagens da/sobre a Base, publicadas em plataformas diversas, tais como o Youtube e o Facebook. Desse modo, o processo discursivo é também afetado pelas condições de produção e de circulação do discurso digital. Os movimentos de análise ocorreram a partir da tensão do batimento entre a descrição e a interpretação (PÊCHEUX, 2015). Os resultados apontam que a Formação Ideológica Neoliberal rege a aliança, no discurso da BNCC, entre as FDs Pedagógica, Jurídica e Governista; as quais são caracterizadas no documento por um discurso autoritário (ORLANDI, 2006). Nessa direção, a BNCC se filia ao universo dos discursos logicamente estabilizados (PÊCHEUX, 2015); no discurso, o documento – a base – funciona com efeito de garantia para a solução dos problemas educacionais brasileiros, com promessa de equidade, protagonismo discente e inclusão social. Todavia, a educação – textualizada no discurso com aparência de heterogeneidade funciona de forma homogênea – apaga as desigualdades sociais, culturais e regionais do país, além das más condições estruturais das escolas, a falta de investimentos e os constantes cortes na área da Educação, os problemas com formação docente, além de outras questões sociais graves que afetam o processo educacional com efeitos de transparência, homogeneidade e silenciamento de sentidos. Entretanto, considerando o jogo de forças da memória e os embates ideológicos nas redes digitais, instaura-se no processo discursivo uma (in)tensa movimentação de sentidos e de sujeitos, com efeitos parafrásticos e polissêmicos. Ou seja, pelos furos das redes, o discurso educacional da univocidade lógica da BNCC é confrontado nas mídias digitais, o silenciamento é rompido pelas vozes dos internautas e, assim, instituem-se os deslocamentos de sentidos e a resistência ao discurso homogeneizador da BNCC.
Downloads
Referências
ACHARD, Pierre. Memória e produção discursiva do sentido. In: ACHARD, Pierre et al. (org.). Papel da Memória. São Paulo: Pontes Editores, 2015.
ALTHUSSER, Louis. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado. 3 ed. Editora Presença, 1980. Disponível em: https://www.gepec.ufscar.br/publicacoes/livros-e-colecoes/livros-diversos/os-aparelhos-ideologicos-de-estado.pdf. Acesso em: 5 mar. 2023.
AMANTE, Lúcia. Facebook e novas sociabilidades: contributos da investigação. In: PORTO, Cristiane; SANTOS, Edméia (Orgs.). Facebook e educação: publicar, curtir, compartilhar [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2014. p. 27-46. ISBN 978-85-7879-283-1. Available from SciELO Books
ANDERSON, Perry. Balanço do neoliberalismo. In: SADER, Emir; GENTILI, Pablo (org.). Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
APPLE, Michael. A política do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo comum nacional? In: Moreira, Antônio Flávio; SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Currículo, Cultura e sociedade. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2002.
ARAÚJO, Ivanei Ferreira. O rompimento da barragem de Brumadinho discursivizado no Twitter: nas tramas digitais, a disputa de sentidos. Orientadora Profa. Dra. Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes. 2021. 107f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista, 2021.
ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2011.
AZEVEDO, Isabel Cristina Michelan de; DAMACENO, Taysa Mércia Souza Damaceno. Desafios do BNCC em torno do ensino de língua portuguesa na educação básica. Revista de Estudos de Cultura, n.7, Jan/Abr de 2017.
BARBOSA, Lívia. Meritocracia e Sociedade Brasileira. RAE – Revista de Administração de Empresas. vol. 54, núm. 1, p. 80-85, 2014. Fundação Getúlio Vargas. São Paulo, Brasil. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1551/155129752001.pdf. Acesso em: 10 ago. 2021.
BASSEDAS, Eulália; HUGUET, Teresa; SOLÉ, Isabel. Aprender e Ensinar na Educação Infantil. São Paulo: Artmed, 2007.
BATISTA, Geisa de Andrade. A discursivização espetacularizada da política brasileira em memes: metáfora, imaginário e efeitos-sentidos. Orientadora Profa. Dra. Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes. 2019. 123 f. (Mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista, 2019.
BATISTA, Jaciele Nunes. O apagamento das desigualdades educacionais no discurso da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). 2022. 75 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em linguística e Literatura, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022. Disponível em: https://www.repositorio.ufal.br/handle/123456789/9021 Acesso em: 16 mar. 2023.
BERNARDAZZI, Rafaela; COSTA, Maria Helena Braga e Vaz. Produtores de conteúdo no YouTube e as relações com a produção audiovisual. Revista Communicare, v. 17, edição especial de 70 anos da Faculdade Cásper Líbero, 2017.
BERNARDI, Liane Maria; UCZAK, Lucia Hugo; ROSSI, Alexandre José. Relações do movimento empresarial na política educacional brasileira: a discussão da Base Nacional Comum. Revista Currículo sem Fronteiras, v. 18, n. 1, p. 29-51, jan/abr. 2018.
BRANCO, Emerson Pereira et al. A implantação da Base Nacional Comum Curricular no contexto das políticas públicas neoliberais. Curitiba: Appris, 2018.
BRASIL. Ministério de Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/12/BNCC_19dez2018_site.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZEMBRODE2017.pdf Acesso em: 10 ago. 2019.
BRAUDEL, Fernand. A dinâmica do capitalismo. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.
CATUCI, Norberto Niclotti. Embates discursivos entre o Governo Federal, a BNCC e os marcos legais da educação nacional: uma abordagem dialógica. 2021. 100 f. Dissertação
(Mestrado em Linguística) – Universidade Católica do Rio Grande do Sul – 2021. Disponível em: https://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/17418 Acesso em: 5 mar. 2022.
CAZARIN, Ercília Ana. A heterogeneidade discursiva de uma posição-sujeito. In: SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO, 2, 2005, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre: UFRGS, 2005. Disponível em: http://anaisdosead.com.br/sead2_simposios.html . Acesso em: 14 ago. 2019.
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA (CENPEC). Educação em territórios de alta vulnerabilidade social na metrópole. Síntese das conclusões. São Paulo, 2011. p. 1-33. Disponível em pesquisa-educacao-em-territorios-de-alta-vulnerabilidade-social-na-metropole.pdf (cenpec.org.br). Acesso em: 2 jul. 2023.
CHAUÍ, Marilena. Simulacro e poder: uma análise da mídia. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2006.
CORTES, Gerenice. Do lugar discursivo ao efeito-leitor: a movimentação do sujeito no discurso em blogs de divulgação científica. Orientador: Evandra Grigoletto. 2015. 268f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.
CORTES, Gerenice. As ciências humanas e o discurso logicamente estabilizado nas mídias digitais: do humor das “miçangas” ao discurso oficial. In: GALLI, Fernanda; COSTA, Alcione; NASCIMENTO, Mizael; FRANÇA, Thiago (org.). Práticas Contemporâneas em análise do discurso: gestos (d)e leituras. Recife: Editora UFPE, 2021. p. 231-248.
CORTES, Gerenice. Efeito-leitor e discurso fake news: a leitura triturada e a língua de vento nas/em redes digitais. Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som - Policromias, v. 7, n. 3, p. 233-262, 2022. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/210925. Acesso em: 28 jun. 2023.
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Carlos: Edufscar, 2014.
COURTINE, Jean-Jacques. Definição de orientações teóricas e construção de procedimentos em Análise do Discurso. Tradução de Flávia Clemente de Souza e Márcio Lázaro Almeida da Silva. Policromias, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 14-35, 2016. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/policromias/article/view/4090/3058. Acesso em: 14 ago. 2019.
DAVALLON, Jean. A imagem, uma arte de memória? In: ACHARD, Pierre et al. (org.) Papel da Memória. São Paulo: Pontes Editores, 2015.
DIAS, Cristiane. A análise do discurso digital: um campo de questões. Redisco, Vitória da Conquista, v. 10, n.v2, 2016, p. 8-20.
DIAS, Cristiane. A língua em sua materialidade digital. Disponível em: https://www.ufrgs.br/analisedodiscurso/anaisdosead/3SEAD/Simposios/CristianeDias.pdf Acesso em: 15 jul. 2020.
DIAS, Cristiane. Análise do discurso digital: sobre o arquivo e a constituição do corpus. Revista Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 44, n. 3, p. 972-980, set-dez. 2015. Disponível em: file:///C:/Users/allin/Downloads/1030-Texto%20do%20Artigo-2864-2902-10-20160311%20(1).pdf. Acesso em: 14 jun. 2021.
DIAS, Cristiane. Análise do discurso digital: sujeito, espaço, memória e arquivo. Campinas: Pontes Editores, 2018.
DIAS, Cristiane. Da corpografia. Ensaio sobre a língua/escrita na materialidade digital. Santa Maria: UFSM, PPGL, 2008.
DIAS, Cristiane. Museu da Língua Portuguesa - língua de acesso: “acessável” ou acessível? Letras, Santa Maria, v. 23, n. 46, p. 245-256, jan./jun. 2013.
DIAS, Cristiane. A língua em sua materialidade digital. In: INDURSKY, Freda, FERREIRA, Maria Cristina Leandro, MITTMANN, Solange (org.). O discurso na contemporaneidade: materialidades e fronteiras. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 89-98.
DE NARDI, Fabiele Stockmans. Sobre o silêncio e a(s) língua(s): um gesto de leitura. Revista Línguas e Instrumentos Linguísticos. São Paulo. v. 25, número especial, p. 112-128, 2022.
FARIAS, Washington S.; FREITAS, Diana B. O funcionamento discursivo do jogo político da luta por identidades: as posições de sujeitos internautas diante do veto do governo a uma propaganda publicitária sobre diversidade. Mediação, Belo Horizonte, v. 22, n. 30, p. 52-63, jan./jun. 2020.
FERNANDES, Carolina. Memória. In: LEANDRO-FERREIRA, Maria Cristina (org.). Glossário de termos do discurso. Campinas: São Paulo, Pontes Editores, 2020.
FERNANDES, Carolina; VINHAS Luciana Iost. Da maquinaria ao dispositivo teórico-analítico: a problemática dos procedimentos metodológicos da Análise do Discurso. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 19, n. 1, p. 133-151, jan./abr. 2019.
FERREIRO, Emília. Entrevista com Emília Ferreiro. 2001. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/940/entrevista-com-emilia-ferreiro. Acesso em: 20 jul. 2020.
FERREIRO, Emília. Com todas as Letras. 17 ed. São Paulo: Cortes. 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GALLO, Solange Maria. Na teoria e na prática: para onde vamos? In: FLORES, Giovanna Benedetto; NECKEL, Nádia Régia Maffi; GALLO, Solange Maria Leda; LAGAZZI, Suzy; PFEIFFER, Cláudia Castellanos; ZOPPI-FONTANA, Mônica (org.) Análise do Discurso em Rede: Cultura e Mídia. São Paulo: Editora Pontes, 2019. 4 v.
GOODSON, Ivor. Currículo, narrativa pessoal e futuro social. Tradutores: Henrique Carvalho Calado; revisão da tradução: Maria Inês Petrucci-Rosa e José Pereira de Queiroz. Campinas – São Paulo: Editora da UNICAMP, 2019.
GRIGOLETTO, Evandra. O discurso nos ambientes virtuais de aprendizagem: entre a interação e a interlocução. In: GRIGOLETTO, Evandra; DE NARDI, Fabiele Stockmans; SCHONS, Carme Regina (org.). Discursos em rede: práticas (re) produção, movimentos de resistência e constituição de subjetividades no ciberespaço. Recife, PE: Editora Universitária - UFPE, 2011. p. 47-78.
GRIGOLETTO, Evandra. Embates entre memória e arquivo: modos de dizer e (re)significar a figura do Cangaceiro na rede. In: GRIGOLETTO, Evandra; GOMES, Inara Ribeiro (org.). Memória histórica e arquivo: fronteiras e intersecções. Recife: UFPE, 2015. p. 25-37.
GRIGOLETTO, Evandra. Entre a dispersão e o controle: ler os arquivos da internet hoje. In: FLORES, Giovanna Benedetto; GALLO, Solange Maria Leda; LAGAZZI, Suzy; NECKEL, Nádia Régia Maffi; PFEIFFER, Cláudia Castellanos; ZOPPI-FONTANA, Mônica (org.). Análise do Discurso em Rede: Cultura e Mídia. São Paulo: Editora Pontes, 2017. 3 v.
GUILBERT, Thierry. As evidências do discurso neoliberal na mídia. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2020.
GUIMARAES, Elisa. Relações de poder no discurso pedagógico/didático. Leitura. Maceió, n. 40. p. 93-104, ju/dez., 2007.
INDURSKY, Freda. Unicidade, desdobramento, fragmentação: a trajetória da noção de sujeito em Análise do Discurso. In: MITTMANN, Solange; CAZARIN, Ercília; GRIGOLETTO, Evandra (org.). Práticas discursivas e identitárias: Sujeito e língua. Porto Alegre: UFRGS, 2008.
INDURSKY, Freda. A memória da cena do discurso. In: INDURSKY, Freda; MITTMAN, Solange e FERREIRA, Maria Cristina Leandro (org.). Memória e história na/da análise do discurso. Campinas-SP: Mercado das Letras, 2011.
KUENZER, Acácia Zeneida. Da dualidade assumida à dualidade negada: o discurso da flexibilização justifica a inclusão excludente. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1153-1178, out. 2007. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br . Acesso em: 31 mar. 2021.
LAGAZZI, Suzy. Resistência e Contradição. 2010. Disponível em:
https://dlm.fflch.usp.br/sites/dlm.fflch.usp.br/files/SUZY%20LAGAZZI.pdf?msclkid=1e1641c8cf4311ecab9a9007680f11e6. Acesso em: 16 nov. 2021.
LAVAL, Christian. A escola não é empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. São Paulo: Boitempo, 2019.
LEANDRO-FERREIRA, Maria Cristina. O caráter singular da língua na análise do discurso. Revista Organon: Revista do Instituto de Letras da UFRGS, v. 17, n. 35, 2003.
LEÃO, Hermes. Notícia: Redução de Humanas no currículo escolar afeta liberdade crítica dos estudantes (por Angieli Maros). 2019. Disponível em: https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/reducao-de-humanas-no-curriculo-escolar-afeta-liberdade-critica-dos-estudantes/ Acesso em: 25 ago. 2021.
LÉON, Jacqueline; PÊCHEUX, Michel. Análise sintática e paráfrase discursiva. Tradução de Cláudia Pffeifer. In: ORLANDI, Eni Puccinelli (org.). Análise de discurso: Michel Pêcheux. Textos selecionados: Eni Puccinelli Orlandi. 2. ed. Campinas: Pontes, 2011. p. 163-173.
LOPES, Alice Casimiro. Itinerários Formativos da BNCC do Ensino Médio. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 59-75, jan./maio. 2019. Disponível em: file:///C:/Users/Downloads/963-3209-1-PB%20(1).pdf. Acesso em: 2 ago. 2021.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências de análise do discurso. Campinas: Ed. Pontes, 1997.
MALDIDIER, Denise. A inquietude do discurso. Um trajeto na história da Análise do discurso: o trabalho de Michel Pêcheux. In: PIOVEZANI, Carlos; SARGENTINI, Vanice (org.). Legados de Michel Pêcheux: inéditos em análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2011.
MALDIDIER, Denise. A inquietação do discurso: (re)ler Michel Pêcheux hoje. Tradução de Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Pontes Editores, 2017.
MARIANI, Bethania Sampaio Corrêa. O comunismo imaginário: práticas
discursivas da imprensa sobre o PCB (1922-1989). 1996. 256f. Tese (Doutorado em
Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996. Campinas: UNICAMP, 1996. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/Acervo/Detalhe/115379. Acesso em: 14 ago. 2020.
MARIANI, Bethania Sampaio Corrêa. Silêncio de Metáfora: algo a se pensar. Revista Trama. Vol. 3. N. 5. 2007.
MARRACH, Sonia Alem. Neoliberalismo e educação. In: GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo (Org.). Infância, educação e neoliberalismo. São Paulo: Cortez, 1996.
MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão et al. A Base Nacional Comum Curricular: Um novo episódio de esvaziamento da escola no Brasil. Revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 107-121, abr. 2017.
MITTMANN, Solange. Discurso e texto: na pista de uma metodologia de análise. 2007. Disponível em: https://www.ufrgs.br/analisedodiscurso/anaisdosead/2SEAD/SIMPOSIOS/SolangeMittmann.pdf Acesso em: 10 mar. 2022.
NOGUEIRA, Luciana; DIAS, Juciele Pereira. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): sentidos em disputa na lógica das competências. Revista Investigações, v. 31, n. 2, dez./2018.
OLIVEIRA, Mirian Ribeiro de. A perspectiva do outro na instância curricular (de) colonial: alijamentos históricos e possibilidades de mudança. Muiraquitã, UFAC, ISSN 2525-5924, v. 8, n. 1, 2020.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Recortar ou segmentar? Linguística: Questões e Controvérsias, Uberaba, Faculdades Integradas de Uberaba, p. 9-26, 1984. (Série Estudos).
ORLANDI, Eni Puccinelli. Interpretação: autoria, leitura e efeito do trabalho simbólico. 5. ed. Campinas: Pontes, 1995.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Exterioridade e Ideologia. Caderno de Estudos Linguísticos, Campinas, v. 30, p. 27-33, jan./jun. 1996.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso e Texto: Formulação e Circulação dos Sentidos. Campinas: Pontes, 2001.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4. ed. Editora Pontes: São Paulo, 2006.
ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6. ed. São Paulo: Editora da Unicamp, 2007.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Políticas Institucionais: a interpretação da delinqüência. Revista Bolema, Rio Claro (SP), v. 23, n. 36, p. 625-638, ago. 2010.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso e Leitura. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Formação ou Capacitação? Duas formas de ligar sociedade e conhecimento. In: Ferreira, Eliana Lucia; Orlandi, Eni. (org.). Discursos sobre a inclusão. Niterói: Intertextos, 2014.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 12. ed. São Paulo: Pontes, 2015.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Educação e sociedade: o discurso pedagógico entre o conhecimento e a informação. Revista ALED, 2016.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso em Análise: sujeito, sentido, ideologia. 3. ed. Campinas-SP: Pontes Editores, 2017.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Política e silêncio na América Latina: quando se fala pelo outro. In: GRIGOLETTO, Evandra; DE NARDI, Fabiele Stockmans; SILVA SOBRINHO, Helson Flávio da (org.). Silêncio, memória, resistência: a política e o político no discurso. Campinas: Pontes Editores, 2019. p. 19-39.
PAVEAU, Marie-Anne. Análise do discurso digital: dicionário das formas e das práticas. Organizadores: Julia Lourenço Costa e Roberto Leiser Baronas. Campinas: Pontes Editores, 2021.
PÊCHEUX, Michel. Delimitações, inversões, deslocamentos. Cadernos de Estudos Linguísticos, v. 19, p. 7-24, ju/dez. 1990, Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636823/4544 . Acesso em: 16 abr. 2020.
PÊCHEUX, Michel. Discurso e Ideologia(s). In: PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução de Eni Orlandi. 2. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 1995.
PÊCHEUX, Michel. Análise Automática do Discurso (AAD-69). In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Tradução Bethania Mariani et al. 5. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2014a. p. 163-252.
PÊCHEUX, Michel. Ler o arquivo hoje. In: ORLANDI, Eni. (org.). Gestos de Leitura. 4. ed. Campinas-SP: Editora da UNICAMP, 2014c.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução de Eni Orlandi. 5. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2014b.
PÊCHEUX, Michel. O Discurso: Estrutura ou acontecimento. 7. ed. Trad.: Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Pontes, 2015.
PÊCHEUX, Michel. Abertura do Colóquio. In: CONEIN, Bernard et al. (org.). Materialidades discursivas. Trad. Débora Massmann. Campinas, SP: Unicamp, 2016. 336p
PÊCHEUX, Michel; FUCHS, Catherine. A propósito da análise automática do discurso: atualização e perspectivas. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Tradução Bethania Mariani et al.. 5. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2014. p. 163-252.
PÊCHEUX, Michel; GADET, Françoise. A língua inatingível. In: Pêcheux, M. Análise de discurso. Textos escolhidos por Eni Puccinelli Orlandi. 2 ed. Campinas: Pontes, 2011.
PÊCHEUX, Michel et al. Apresentação da análise automática do discurso (1982). Tradução
de Silvana Mabel Serrani e Suzy Lagazzi. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por
uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Tradução
de Bethania Mariani et al. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1997. p. 253-282.
PEREIRA, Aline Maria dos Santos; CORTES, Gerenice Ribeiro de Oliveira. O discurso da BNCC nas mídias digitais: entre o silenciamento de sentidos e a resistência. Revista Humanidades e Inovação, v. 7, n. 24, p. 242-260, 2020. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/4382. Acesso em: 2 mar. 2021.
PEREIRA, Aline Maria dos Santos; CORTES, Gerenice Ribeiro de Oliveira. A Base Nacional Comum Curricular discursivizada em/nas redes: um embate de sentidos e sujeitos. Revista Moara. Revista Moara, n. 58, p. 262-283, jan./jul. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/moara/article/view/10919/7524. Acesso em: 6 abr. 2022.
PEREIRA, Aline Maria dos Santos; CORTES, Gerenice Ribeiro de Oliveira. Itinerários formativos na BNCC: sentidos em mídias digitais. Revista Letras Raras, Campina Grande, v. 11, n. 2, p. 185–214, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.8219488. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/938. Acesso em: 28 ago. 2023.
PEREIRA, Aline Maria dos Santos; CORTES, Gerenice Ribeiro de Oliveira. BNCC, Tecnologias Digitais e Ensino: efeitos discursivos da inclusão excludente. In: SOARES, Eliane Pereira Machado; SANTOS, Douglas Afonso dos; PAZ, Flávia Helena da Silva; SILVA. Thiago Silva (org.). Descrição, Análise e Ensino de Línguas. 1. ed. Rio Branco - Acre: Nepan, 2023a. p. 178-186. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1BVw_5ywYawqrN2zHuudvnDGMeDKE_RtY/view. Acesso em: jun. 2023.
PEREIRA, Aline Maria dos Santos; CORTES, Gerenice Ribeiro de Oliveira. Discursividades digitais sobre a BNCC, língua e ensino: entre o efeito de acesso e o não acessível. Revista Caminhos em Linguística Aplicada, v. 28, n. 2, p. 146-170, 2023b. Disponível em: http://periodicos.unitau.br/ojs/index.php/caminhoslinguistica/article/view/3612/2151. Acesso em: 5 abr. 2023.
PFEIFFER, Cláudia Castellanos. Políticas Públicas de Ensino. In: ORLANDI, Eni (org.). Discursos e políticas públicas urbanas: a fabricação do consenso. Campinas: Editora RG, 2010.
PFEIFFER, Cláudia; GRIGOLETTO, Marisa. Reforma do Ensino Médio e BNCC – Divisões, Disputas e Interdições de Sentidos. Revista Investigações, v. 31, n. 2, dez. 2018.
PORTARIA n.º 1.432, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199. Acesso em: 01 nov. 2020.
RENZO, Ana Maria Di. As políticas linguísticas na constituição imaginária da escola. Revista Letras, Santa Maria, v. 24, n. 48, p. 325-337, jan./jun. 2014. Disponível em: file:///C:/Users/ampereira/Downloads/robertob,+5.1_As_pol%C3%ADticas_lingu%C3%ADsticas.pdf Acesso em: 5 jun. 2020.
RODRIGUES, Walace. Lançando um olhar relacional para a vulnerabilidade educacional e a educação popular. Revista Didática Sistêmica, v. 19, n. 1, p. 17-28, 2017. Disponível em: file:///C:/Users/ampereira/Downloads/6983-Texto%20do%20artigo-20751-1-10-20170924.pdf Acesso em: 5 set. 2022.
SOUTO, Victor Alexandre Garcia. Currículo como arena de embates discursivos: uma análise de concepções sobre o ensino de literaturas na BNCC. Orientador: Marcelo Alvaro de Amorim. 2020. 141 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10077229# Acesso em 03 nov. 2021.
SAAD FILHO, Alfredo; MORAIS, Lecio. Brasil: neoliberalismo x democracia. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2018.
SANTOS, Lavoisier Almeida dos; CAVALCANTE; Maria do Socorro Aguiar de Oliveira; MELO, Valci. Novo Ensino Médio: entre a liberdade incondicional dos sujeitos na escolha do itinerário formativo e a necessidade sócio-histórica de reprodução da força de trabalho. Revista Fólio, v. 14, n. 1. jan./jun. 2022. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/10485/7003. Acesso em: 1 ago. 2023.
SANTOS, Rosiene Aguiar. O funcionamento discursivo do enunciado “Intervenção Militar Já” nas mídias digitais: memória, metáfora e efeitossentido. Orientadora Profa. Dra. Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes. 2020. 105 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista, 2020.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 30. ed. São Paulo: Cultrix, 1995.
SAZOVO, Stephane Terres. Formações imaginárias sobre sujeito aluno na BNCC (2018) - ensino médio: uma visão utilitarista do ensino. Orientado: Angela Derlise Stübe. 2020. 84f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal da Fronteira Sul, 2020. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3899. Acesso em: 6 mar. 2022.
SILVA, Viliane Lima da. Condições de trabalho, presenteísmo e absenteísmo em professores da rede pública. Orientador: Frida Marina Fischer. 2017. 146 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, 2017.
TEIXEIRA, Rosane de Fátima Batista; LEÃO, Gabriel Mathias Carneiro; DOMINGUES, Hanny Paola; ROLIN, Evandro Cherubini. Concepções de itinerários formativos a partir da Resolução CNE/CEB Nº 06/2012 e da LEI nº 13.415/2017. 2019. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/27280_14159.pdf Acesso em 20 jul. 2021.
VELOSO, Sara Regina da Costa. “Educação é a base”: uma leitura discursiva da Base Nacional Comum Curricular. Orientador: Edmundo Narracci Gasparini. 2021. 87f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de São João Del Rei, 2021. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/mestletras/Sara.pdf Acesso em: 6 mar. 2022.
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 PPGLin e autora

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.