DO TEXTO AO DOCUMENTO DIGITAL: TRANSPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DE DOCUMENTOS MANUSCRITOS HISTÓRICOS PARA FORMAÇÃO DE CORPORA LINGUÍSTICOS ELETRÔNICOS
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.60Palavras-chave:
Linguística de Corpus, Semântica, Fotografia, Documentos Históricos, Corpus DigitalResumo
Este trabalho descreve etapas da transposição de documentos manuscritos históricos para a formação de corpora linguísticos eletrônicos, através da Fotografia cientificamente controlada, dando ênfase na Fotografia enquanto linguagem técnica, conforme vem sendo desenvolvida e praticada no Laboratório de Pesquisa em Linguística de Corpus (LAPELINC), destacando o processo, o efeito e sua importância para estudos de Linguística, a exemplo da Semântica do Acontecimento. Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva em que se destaca o percurso seguido pelo pesquisador considerando a estratégia denominada pesquisa-ação (cf. THIOLLENT, 1985). Procura-se responder à questão: de que maneira a transposição de documentos manuscritos históricos para formação de corpora linguísticos eletrônicos pode contribuir para estudos da Linguística, a exemplo da Semântica do Acontecimento? Para tanto, mobilizando pressupostos da Fotografia, aliados a alguns princípios da Linguística de Corpus, da Semântica e da Semântica do Acontecimento, demonstra-se através de um corpus de documentos extraído dos corpora DOViC Beta e DOViC Séc. XIX, a importância de se ter documentos digitais para pesquisas científicas, visando comprovar quatro hipóteses: a) a transposição através da Fotografia, desde que envolvendo um método científico controlado, tal como o desenvolvido e praticado no LAPELINC (cf. Santos, 2008; Santos, 2010a, 2010b; Namiuti, Santos e Leite, 2011; Santos, 2013a, 2013b; Namiuti-Temponi; Santos; Costa; Farias, 2013; Brito, Santos e Namiuti-Temponi, 2013) além de constituir uma das etapas essenciais na formação de corpora linguísticos eletrônicos, garante a fidedignidade aos textos originais;b) a transposição possibilita, junto com o registro do documento, o registro visual cientificamente controlado de suas características físicas (cf. SANTOS; BRITO, 2014), tornando-o cientificamente reprodutível e manipulável, na medida em que faz uso de equipamento e aparato técnico auxiliar específicos para tanto, a Mesa Cartesiana e os parâmetros fotográficos de controle que permitem ver e recuperar informações que independem do olho humano; c) a transposição enquanto passagem de um documento físico para um documento digital possibilita uma nova forma de acesso aos documentos, a visual fotográfica, que dentre algumas vantagenspermite o acesso a novos formatos do documento, como por exemplo, os arquivos em formato Raw e JPEG, e a visualização eletrônica do documento a partir de ferramentas como: ampliação, contraste, brilho, cor, bem como uso de máscaras, filtros, layers, dentre outras; e d) O documento digital originado da/na transposição permite a recuperação, preservação e divulgação de formas de enunciação materializadas linguisticamente nos documentos que só poderiam ser resgatadas através de um documento visual, assim como foi feito por Santos (2008) e durante o processo de constituição dos corpora DOViC Beta e DOViC Séc. XIX. Para finalizar, demonstramos através de exemplos algumas das contribuições da transposição para a Linguística, relacionados ao objeto (livros), ao processo (Fotografia), ao efeito (RAW e JPEG) e, por exemplo, para a Semântica do Acontecimento.
Como citar:
BRITO, Giovane Santos. Do texto ao documento digital: transposição fotográfica de documentos manuscritos históricos para formação de corpora lingüísticos eletrônicos. Orientador: orge Viana Santos. Coorientadora: Cristiane Namiuti. 2015. 93f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-graduação em Linguística, Vitória da Conquista, 2015. DOI: https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.60. Acesso em: xxxxxxxx
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