ORDEM DE CONSTITUINTES NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: UM ESTUDO DA SINALIZAÇÃO DE CRIANÇAS SURDAS EM ESTÁGIOS DE AQUISIÇÃO, FILHOS OUVINTES DE PAIS SURDOS (FOPAS) E SURDOS ADULTOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2023.v11i1.255

Palavras-chave:

Aquisição da linguagem; Sintaxe da Libras; Ordem de constituintes; Sentenças lineares e simultâneas; Surdos e ouvintes.

Resumo

A sintaxe espacial da língua brasileira de sinais (Libras) possibilita que relações gramaticais sejam estabelecidas no espaço de sinalização de diferentes maneiras. Nesse sentido, encontramos sentenças lineares, nas quais os constituintes se organizam sequencialmente; e construções simultâneas, nas quais os constituintes se organizam ao mesmo tempo. Os estudos de Felipe (1989), Ferreira-Brito (1995), Quadros (1999), Quadros e Karnopp (2004), Pizzio (2006), Quadros (2019), Royer (2019), e outros, assumem que SVO (Sujeito-Verbo-Objeto) é a ordem de constituintes básica nas sentenças da Libras. Lira (2014) verificou que, em verbos com concordância e sem concordância, essa ordem é a mais frequente na Libras. A ordem SVO apresenta certa flexibilidade, podendo ser alterada por elementos e/ou mecanismos gramaticais presentes na sentença, como tipo de verbo, concordância e marcas não manuais, topicalização, foco, entre outros. Esta pesquisa, de caráter transversal e abordagem qualitativa e quantitativa, buscou investigar o fenômeno da ordem de constituintes nas sentenças da Libras, a partir da descrição tanto do sistema adulto quanto da aquisição, fundamentando-se na teoria gerativa e hipótese inatista de Chomsky (1995). Ademais, buscou ampliar a base de dados e avançar nas discussões, trazendo um procedimento experimental com controle de certas variáveis – período e estágio de aquisição, oralização e perfil dos pais dos informantes –, no intuito de verificar se elas poderiam determinar diferenças nas ordens de constituintes, e na frequência com que as ordens ocorrem. Dessa maneira, elaboradas a partir de estudos previamente estabelecidos e verificados, assumimos as seguintes hipóteses: (I) As ordens de constituintes nas sentenças da Libras, bem como a frequência com que elas ocorrem, tendem a ser diversificadas, a depender de variáveis e fatores específicos como período e estágio de aquisição, oralização e perfil dos pais (surdos ou ouvintes); e de elementos e/ou mecanismos gramaticais como contextos sintáticos envolvendo tipos de verbos, concordância, presença ou não de topicalização e foco, entre outros; (II) Em determinadas construções na Libras, como aquelas que envolvem simultaneidade com presença ou não de simetria e sincronismo nos articuladores manuais, é possível existir um mecanismo sintático de estruturação para além da ordem. Por meio de uma metodologia naturalística e experimental, a coleta de amostras foi realizada em corpus constituído de falas em Libras, gravadas em vídeo e por meio do recurso de gravação da plataforma virtual Zoom. Os sujeitos informantes da pesquisa foram crianças surdas em estágios de aquisição, filhos ouvintes de pais surdos, e surdos adultos. Os dados foram tratados e anotados, inicialmente, por meio do ELAN (EUDICO Linguistic Annotator) e, posteriormente, de forma manual. Utilizamos o sistema de escrita de Libras (Sel), desenvolvido por Lessa-de-Oliveira (2012, 2023), para realizar a transcrição dos dados. Considerando as possibilidades de combinação de constituintes indicadas por Greenberg (1963), os resultados alcançados nos indicam que a ordem de constituintes nas sentenças da Libras é flexível, sendo SVO a ordem básica, e a mais frequente em nossos dados. As ordens SOV, OSV, VSO e VOS também foram identificadas, além de ordens com argumentos nulos, entre outras. Constatamos que as variáveis ‘período de aquisição’ e ‘perfil dos pais’ dos informantes parecem exercer influência na ordenação dos constituintes e na frequência com que as ordens ocorreram. Por outro lado, analisando o ‘estágio de aquisição’ e a ‘oralização’, percebemos distinção na frequência com que as ordens ocorreram. Nossos dados também parecem indicar que há elementos e mecanismos sintáticos como tipos de verbo, concordância, construções de tópico e foco, entre outros, que podem levar à flexibilidade ou não da ordem de constituintes nas sentenças da Libras. No tocante à determinadas construções, como aquelas envolvendo linearidade e simultaneidade coocorrendo no espaço de sinalização, aquelas nas quais se verifica a presença ou não simetria e sincronismo nos articuladores manuais, entre outras; nossos dados apontam para a existência de diferentes mecanismos sintáticos de estruturação, conforme discutiremos posteriormente, para além da ordem. Salientamos que, devido à complexidade e amplitude dos nossos objetivos, fazem-se necessárias outras investigações que possam aprofundar as questões discutidas.

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Publicado

30-12-2023