A GRAMATICALIZAÇÃO DO VERBO DAR: DE PREDICADOR A INTEGRANTE DE EXPRESSÕES CRISTALIZADAS
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2016.v4i1.88Palavras-chave:
Verbo dar, Natureza polissêmica, Sociolinguística, FuncionalismoResumo
A língua falada como objeto social é passível a mudanças. Inovações surgem constantemente e novos conceitos, significados vão se formando. A partir dessa perspectiva, tenciona-se com esse estudo refletir sobre a natureza polissêmica do verbo dar no português brasileiro à luz da Sociolinguística e do Funcionalismo norte-americano a fim de investigar as alterações sofridas na forma e na função por esse verbo. As amostras analisadas nesta pesquisa foram extraídas doCorpus do Português Popular de Vitória da Conquista (PPVC) e do Corpus do Português Culto de Vitória da Conquista (PCVC), organizados pelo Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e em Sociofuncionalismo. Foram selecionadas, aleatoriamente, vinte e quatro entrevistas, com doze informantes pertencentes a cada corpuse, nestas, foram retiradas as ocorrências do verbo dar para descrição. Para análise, selecionamos, como variáveis linguísticas, transitividade verbal, extensões de sentido e continuum de gramaticalização; e, como variáveis extralinguísticas, nível de escolaridade, sexo e faixa etária. Nossos dados foram rodados através do Programa GoldVarb. Neste estudo, constamos que o processo de gramaticalização é o responsável pela capacidade categorial do verbo e, além disso, notamos que os valores atribuídos ao dar ao longo do tempo possibilitaram criar uma cadeia de gramaticalização com esse verboe, ainda, percebemos a potencialidade polissêmica do dar.
Como citar
COELHO, Luana Carvalho. A gramaticalização do verbo dar: de predicador a integrante de expressões cristalizadas. orientadora: Valéria Viana Sousa; coorientador: Jorge Augusto Ales da Silva. 2016. 96f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-graduação em Linguística, Vitória da Conquista, 2016. DOI: https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2016.v4i1.88 . Acesso em: xxxxxxxx
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