FROM 'MIDDLE' FOR 'KIND OF': USES AND GRAMMATICALIZATION TRAJECTORY OF LINGUISTIC ITEM 'MIDDLE' IN VITÓRIA DA CONQUISTA’S
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2016.v4i1.78Keywords:
Middle, Functionalism, Socio Functionalism, GrammaticalizationAbstract
ABSTRACT
This work results from a survey in the light of sociolinguistics and American functionalism, which investigated the uses and Grammaticalization trajectory of linguistic item 'middle' in Vitória da Conquista’s. We, as contribution to literature review, dictionaries of different synchronicities, normative grammar, language studies and textbooks. As Corpora of analysis,
the data from Vitória da Conquista's popular portuguese and Vitória da Conquista's Refined Portuguese speech. In our study, we found that among the prototypical “expedient, reason, artifices, invention to achieve something,”“middle' passes through intermediaries meanings “place, or part between the extremes”, “half of something,” and adverbialize, forming more abstract constructs such as “kind of”. This structure distances itself from the prototypical sense of this element and, in particular, expresses textual values. In the study of dictionaries, we identified a large capacity for “middle” to provide the basis for innovative constructions. Despite the uses and shifts in the normative grammars and textbooks, the discussion remains around the variability / invariance that item. From the point of view of linguistic factors, we found data that lead us to conclude that, combined with “what”, “middle' works as a voiceover discourse value, a textual organizer who works in the context of modality, responsible for establishing a speaker's relationship with the statement content. The extralinguistic point of view, also according to this data, older respondents show a more historicist linguistic behavior, more conservative and frequently place the speech in space and time.
Speakers with fewer years of education are more conservative. The more educated young categorically use the innovative way, which shows a change in progress. Informants with more years of schooling tend to use more abstract cognitive categories as and demonstrate ability to organize more complex constructions. These information suggest that the level of education, according to the survey, has direct relevance on the linguistic performance of informants.
Downloads
References
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. Português: contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2008. v. 2.
______; ______; ______. Gramática –texto: análise e construção de sentido. Parte II. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2010.
ALMEIDA, Napoleão Mendes de.Dicionário de questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996.
______. Gramática metódica da língua portuguesa. 45. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho. In: ______. Nova reunía: 23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. III volume. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Delta S. A., 1964.
BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim: em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
BARROS, Manoel de. O professor de agramática. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/manu.html>. Acesso em: set. 2015.
BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
BYBEE, J. Language, usage and cognition. Cambridge, UK: CUP, 2010.
BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712 -1728. 8 v. Versão digital disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/en/dicionario/2/meio>.Acesso em: set. 2015.
BOLINGER, D. Meaning and Form. Londres: Longman, 1977.
BRAGA, Rubem. MEIO-DIA E MEIA. Disponível em:<http://www.colegiomartins.com.br/mobile21/simulados2012/2%C2%BASIMULADOENEM-2%C2%AAEtapa.pdf>. Acesso em: jan. 2015.
BUENO, Francisco da Silveira. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Saraiva & CIA: São Paulo, 1944.
______. Grande dicionário etimológico-prosódico da língua portuguesa. São Paulo: Brasília Limitada, 1974. 5 v.
CAMACHO, Roberto Gomes. Sociolinguística: Parte II. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Org.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001. v. 1.CARDOSO, Suzana Alice. Geolinguística: tradição e modernidade. São Paulo: Parábola,
CASTILHO, Ataliba T. de. A gramaticalização. Cadernos de Estudos Linguísticos e Literários, Salvador: UFBA, n. 19, p. 25-60, 1997.
CASTILHO, Ataliba T. de.Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2012.
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática reflexiva: texto, semântica e interação. 3. ed. São Paulo: Atual Editora, 2011.
CEZARIO, Maria Maura; VOTRE, Sebastião. Sociolinguística. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2008.
COSERIU, Eugenio. Sincronia, diacronia e história: o problema da mudança linguística. Tradução de Carlos Alberto da Fonseca e Mário Ferreira. São Paulo: Presença, 1979.
COUTINHO, Ismael de Lima. Pontos de gramática histórica. 6. ed. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1974.
CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. 2. ed. Belo Horizonte: Bernardo Alvares S.A., 1971.
______. Gramática da língua portuguesa. 11. ed. Belo Horizonte: FAE/MEC, 1986.
CUNHA, M. A. F. da; COSTA, Marcos Antônio; CEZARIO, Maria Maura. Pressupostos teóricos fundamentais. In: CUNHA, Maria Angélica Furtado da; OLIVEIRA, Mariângela Rios de; MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Linguística funcional: teoria e prática. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. p. 29-55.
CUNHA, Maria Angélica Furtado da; BISPO, Edvaldo Balduino; SILVA, José Romerito. Linguística funcional centrada no uso: conceitos básicos e categorias analíticas. In: CEZARIO, Maria Maura; CUNHA, Maria Angélica Furtado da.Linguística centrada no uso: uma homenagem a Mário Martelotta. Rio de Janeiro: Mauad X; FAPERJ, 2013.
FARACO, Carlos Alberto. Linguística histórica. 2. ed. São Paulo: Ática, 1998.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 4. ed. Curitiba: Positivo, 2009.
FIRMINO, Nicolau. Dicionário Latino-português. 2. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1963.
GONÇALVES, Sebastião Carlos Leite; HERNANDES, Maria Célia; CASSEB-GALVÃO, Vânia Cristina. Tratado geral sobre gramaticalização. In: ______. Introdução à gramaticalização. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
HEINE, B.; CLAUDI, U.; HÜNNEMEYER, F. Grammaticalization. A Conceptual Framework. Chicago: The University of Chicago, 1991.
HOPPER, Paul J. On some Principles of Gramaticization.Pittsburgh, Pensilvânia: Carnegie Mellon University, 1991.
HORA, Dermeval da. Teoria da variação: trajetória de uma proposta. In: ______ (Org.). Estudos sociolinguísticos: perfil de uma comunidade. João Pessoa: UFPB, 2004.
HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Sales. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009.
ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos a língua que falamos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009.
JOTA, Zélio dos Santos. Dicionário de lingüística. Rio de Janeiro: Presença, 1976. (Coleção Linguagem, 2).
JUCÁ FILHO, Cândido. Dicionário escolar das dificuldades da Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1963.
LABOV, William. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.
______. Principles of linguistic change: internal factors. Oxford: Blackwell Publishing, 1994.
______. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
LIMA-HERNANDES, Maria Célia. A evolução da gramática e o aporte funcionalista: bases teóricas. In: ______. Indivíduo, sociedade e língua: cara, tipo assim, fala sério! São Paulo: Edusp, 2011a. p. 21-53.
______. Um caminho, um corpus, um objeto, muitas funções. Aspectos metodológicos. In: ______. Indivíduo, sociedade e língua: cara, tipo assim, fala sério! São Paulo: Edusp, 2011b. p. 55-69.
MACHADO, José Pedro. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. 2. ed. Lisboa: Editorial Confluência, 1967. v. 2.
MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Linguística funcional: teoria e prática. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003.
______. Mudança linguística: uma abordagem baseada no uso. São Paulo: Cortez, 2011.
MARTELOTTA, E. et al. (Org.). Gramaticalização no português do Brasil: uma abordagem funcional. Rio de Janeiro, 1996. Disponível em: <http://www.discursoegramatica.letras.ufrj.br/download/publicacao_livro_gramaticalizacao.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2015.
MARTELOTTA, Mário Eduardo; AREAS, Eduardo Kenedy. A visão funcionalista da linguagem no século XX. In: CUNHA, Maria Angélica Furtado da; OLIVEIRA, Mariângela Rios de; MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Linguística funcional: teoria e prática. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. p. 29-55.
MARTINS, José P. As 27 funções da palavra Que. Rio de Janeiro: Tecnoprint-Ediouro, [197?].
MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Caminhos da linguística histórica: ouvir o inaudível. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
NARO, A.; BRAGA, Maria L. A. A interface sociolinguística/gramaticalização. Gragoatá, Niterói: UFF, n. 9, p. 125-134, 2000.
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
______. Estudos funcionalistas no Brasil. D.E.L.T.A., v. 15, n. esp., p. 71-104, 1999.
______.Guia de uso do português: confrontando regras e usos. 2. ed. São Paulo: Editora da UNESP, 2012.
NÓBREGA, Ivone Silva. Usos do advérbio meio – modalização e flexão. 2007. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2007.
NOGUEIRA, Priscilla de A. Correlação entre gramaticalização e movimentação social – estudo do item meio na cidade de São Paulo.2008. 20 f. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008. Disponível em:<http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisador/78939/priscilla-de-almeida-nogueira/>. Acesso em: 10 jan. 2015.
______. Gramaticalização da construção quase que: motivações cognitivas para o uso da construção e incerteza. 2014. 298 f. Dissertação (Mestrado em Filologia e Língua Portuguesa) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.
NUNES, José de Sá. Lingua vernacula: grammatica e anthologia. 1ª e 2ª séries. Porto Alegre: Livraria da Globo, 1935.
NUNES, José Horta; SELIGMAN, Kátia. Discurso lexicográfico: as reedições do dicionário de Morais. Alfa, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 37-51, 2003.
NUNES, José Joaquim. Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa. 8. ed. Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1945.
OLIVEIRA, Josane Moreira de. O futuro da língua portuguesa ontem e hoje: variação e mudança. 2006. 252f. Tese (Doutorado em Letras Vernáculas) – Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
PERINI, Mário A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2010.
PINTO, Luiz Maria da Silva. Diccionario da língua brasileira. Ouro Preto: Typographia de Silva, 1832.
PONTES, E. Espaço e tempo na língua portuguesa. São Paulo: Pontes, 1992.
POP, Sever. La dialectologie. Aperçu historiqueet methods d´enquêtes linguistiques, vols. 1 e 2. Louvain: Chez l´ Áuteur; Gembloux, Duculot, 1950.
PRIETO, M. H. T. C.; TORRES, M. I. G.; ABRANCHES, C. M. N. Do grego e do latim ao português. Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.
SAID ALI, M. Gramática Secundária da Língua Portuguesa. 3. ed. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1964.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2012.
SCHWAB, Artur. Locuções adverbiais. Curitiba: Fundação da Universidade Federal do Paraná, 1985.
SEQUEIRA, F. M. Bueno de. A ação da analogia no Português. Rio de Janeiro: Edição da “Organização Simões”, 1954. (Coleção “Rex”).
SILVA, Antonio Moraes. Diccionario da lingua portugueza– recompilado dos vocabulários impressos ate agora, e nesta segunda edição novamente emendado e muito acrescentado, por ANTONIO DE MORAES SILVA. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1789. Versão digital disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/en/dicionario/2/meio>.
SILVEIRA, Sousa da. Lições de Português. 9. ed. Rio de Janeiro: Presença; Brasília: INL, 1983.
SOUSA, Valéria Viana. OS (DES)CAMINHOS DO VOCÊ: uma análise sobre a variação e mudança na forma, na função e na referência do pronome. 2008. 171 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2008.
SPAZIANI, Lídia. A gramaticalização do item fora no Português do Brasil: a unidirecionalidade do processo.2008. 137 f. Dissertação (Mestrado em Filologia e Língua Portuguesa) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
TAVARES, M. A. A gramaticalização de e, aí, daí e então: estratificação/variação e mudança no domínio funcional da sequência retroativo-propulsora de informações – um estudo sociofuncionalista. 2003. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
______. Sociofuncionalismo: um duplo olhar sobre a variação e a mudança. Interdisciplinar, Itabaiana, SE, ano 8, v. 17, jan./jun. 2013. Edição especial: ABRALIN/SE.
WEINREICH, V.; LABOV, W.; HERZOG, M.I. Empirical foundations for a theory of language change. In: LEHMANN, W.;MALKIEL, Y. Directions for historical linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968. p. 97-187.