ALZHEIMER'S DEMENTIA: CONSTITUTION OF INDIVIDUALS THROUGH DEICTIC REFERENCING

Authors

DOI:

https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2013.v1i1.27

Keywords:

Language, Deictic Referencing, Enunciation, Subjectivity

Abstract

ABSTRACT

This dissertation is the result of a survey about the constitution of individuals with Alzheimer's dementia (AD) through language. Therefore, the deictic referencing assumed the focus of research up becoming, according to our hypothesis, as a place where the speech of the subject affected by a neurodegenerative condition that affects the cerebral cortex, is presented to the caller so ' frayed ', causing certain strangeness. In this study, we conceive language as an activity that 'shapes' human experiences (FRANCHI, 1977), where language and memory assume a social character, constituted through socio-historical (Vygotsky, 1934). Our position is anchored in Enunciation Theory, postulated by Émile Benveniste (1966, 1974), understanding the referral as an integral element of the utterance, i.e., while the this is defined as ownership that makes the speaker of the language to talk - a subject's relation to language, speech made - that is conceived as a process that uses the speaker to express his particular way of portraying the surrounding world. These processes appear as a set of forms whose role is to establish a enunciative discourse relation between interlocutors and their social space. Thus, the deixis effectives up as contemporary instance of speech, which has one indicator. Thus, through the interactive process, unveil the indexes of subjectivity. To reflect on this theme, we did a qualitative study through a cross-sectoral approach, where data were collected clippings taken from the narrative of the life history of the individual MP, Brazilian, married, 79-year-old, former factory worker and former mason, who was diagnosed with Alzheimer's dementia in 2010. The data obtained show that the individual MP can use your verbal material, anchored in deictic referencing presented in his narrative, produces meaning and thus mark their subjectivity, presenting itself as the subject of language competently.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. As narrativas de si ressignificadas pelo emprego do método autobiográfico. In: SOUZA, Elizeu Clementino de; ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto (Org.). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDUNEB, 2006.

ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. Editora Wak, 5° edição, Rio de Janeiro, 2012.

APOTHHÉLOZ, Denis. Papel e funcionamento da anáfora na dinâmica textual.

CAVALCANTE, Mônica Magalhães et. al. Referenciação. São Paulo: Contexto, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1929.

________________. Estética da Criação Verbal.2 ed.S.P.: Martins Fontes, 1975.

BALLONE GJ- Depressão na Doença de Alzheimer- in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet, 2004. Disponível em: <http://www.psiqweb.med.br/site/>. Acesso em: 03 fev. 2012.

BASTOS, A., O discurso narrativo na doença de Alzheimer. Dissertação de mestrado não publicada, curso de pós-graduação em Neurociências. Universidade estadual de Campinas, SP, 2000.

BAYLES, K. A., TOMOEDA C. K. & M. W., Naming and categorial konowledge in Alzheimer’s Disease: the process os semantic memory deterioration. Brain and language, 39, 1990.

BEILKE, H. M. B. Linguagem e memoria na doença de Alzheimer: contribuições da neurolinguística para a avaliação de linguagem. Dissertação (Mestrado em Lingüística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

BENVENISTE, Emile. Problemas de Lingüística geral I. 4 ed. Campinas, SP: Pontes, 1966.

__________________. Problemas de linguística geral II. 2. ed. Campinas: Pontes, 1974.

BERTOLUCCI, P.H.F. Instrumentos clínicos para avaliação do paciente demenciado. In: ALMEIDA & NITRINI. Demência. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1995.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: Lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

___________. O tempo vivo da memória. Ensaios de Psicologia Social. São Paulo: Ateliê, 2003.

BÜHLER, Karl. The deictic field of language and deictic words. In: R. J. JARVELLA e W. KLEIN (eds.) Speech, place and action: studies in deixis and related topics. New York: John Wileyand Sons, 1934.

CANÇADO, F. Noções práticas de geriatria. Belo Horizonte: Coopermed; 1994.

CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

CARAMELLI &ROSEMBERG. Neuropatologia das demências primárias. In: ALMEIDA & NITRINI. Demência. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1995.

CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Os sentidos do texto. São Paulo: contexto, 2012.

______________________________. Referenciação: sobre coisas ditas e não ditas. Fortaleza: UFC, 2011.

COUDRY M.I H,.Diário de Narciso: discurso e afasia. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

________________. Diário de Narciso: discurso e afasia: análise discursiva de interlocuções com afásicos. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

________________. Diário de Narciso - Discurso e Afasia - Ed. Martins Fontes, 2001.

________________.Linguagem e afasia: uma abordagem discursiva da Neurolingüística. Cadernos de Estudos Lingüísticos, 42, Campinas, 99-129, 2002

________________. Neurolinguística Discursiva: afasia como tradução. Revista Estudos da Lingua(gem) 6, n. 2, 2008.

COUDRY M.I.H. & MORATO, E.M. Processos de significação: a visão da Neurolingüística, in: ABRALIN, 13, São Paulo, 59-73, 1992.

CRUZ, F. Miranda da. Uma perspectiva enunciativa das relações entre linguagem e memória no campo da Neurolingüística. Dissertação de Mestrado. Campinas: IEL/Unicamp, 2004.

FONSECA, F. I. Dêixis, tempo e narração. (Tese de doutorado). Porto: UP, 1989.

FONTANELLA, Bruno José Barcellos; RICA, Janete; TURATO, Egberto Ribeiro. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cadernos de Saúde Pública, 24 (1): 17-27, jan., 2008.

FRANCHI, C. Linguagem – Atividade Constitutiva. in Almanaque, 5. São Paulo: Brasiliense, 1977.

FREUD, S. Obras completas de Sigmund Freud, Madri, Biblioteca Nueva, 3 tomos, 4. ed., 1981.

GIBBS, R. W. Embodiment and cognitive Science. New York: Cambridge University Press, 2006.

HANKS, W. F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. Tradução de Ana Christina Bentes, Marco Antônio Rosa Machado, Marcos Rogério Cintra e Renato C. Rezende. São Paulo: Cortez, 2008.

HICKSON, M. & Stacks, D. Nonverbal communication studies and applications: Eletronic Version. Dubuque: Wm. C. Brown, 1995.

IZQUIERDO, I. Memória. Porto alegre: artMed, 2002.

JAKOBSON, R. Lingüística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1969.

JUBRAN, C.C.A.S e KOCH, I. G.V., Gramática do Português Culto Falado no Brasil. Vol I- Construção do Texto Falado. Campinas: Editora da UNICAMP,2006.

KITA, S.; ÖZYÜREK, A. What does cross-linguistic variation in semantic coordination of speech and gesture reveal? Evidence for an interface representation of spatial thinking and speaking. Journal of Memory and Language, v. 48, p. 16-32, 2003.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Introdução à linguística textual. São Paulo: Martins, Fontes, 2006.

__________________________.O texto e a construção dos sentidos. 9ª Ed. São Paulo: Contexto, 2007.

__________________________. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.

__________________________. Introdução à lingüística textual. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

__________________________. Referenciação e orientação argumentativa. In: KOCH, I. V.; MORATO, E.M. & BENTES, A.C. Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, 2005.

KOCH, I. G. V., & CUNHA-LIMA, M. L.. Do Cognitivismo ao Sociocognitivismo. In: Mussalim, F. & Bentes, A. C. Introdução à Lingüística – Fundamentos Epistemológicos. V. 3. São Paulo: Cortez, 2004.

LABOV. Where does the linguistic variable stop? A responde to Beatriz Lavandera. Sociolinguistic Working Paper, n° 44. Austin: Southwest Educational Development Laboratory, 1978.

LAHUD, M. A propósito da noção de dêixis. São Paulo: Ática, 1979.

LEBRUN, Yvan. Tratado de Afasia: temas de cursos e congressos. São Paulo: Panamed, 1983.

LESSA, I. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis. São Paulo: HUCITEC; Rio de Janeiro: ABRASCO, 1998.

LEVINSON, Stephen. Pragmatics. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

LINS, Osman. Os gestos. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2003.

LURIA, A.R., Fundamentos de Neuropsicologia, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1981.

LYONS, J. Language and Linguistics: An Introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 1981.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Análise da conversação. 5. ed. Série Princípios. São Paulo: Ática, 1997.

_______________. A Repetição na Língua Falada: Formas e Funções. 1992. Tese (Livre Docência) - Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 1992.

______________________.Da fala para a escrita: atividade de retextualização. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

MÁRMORA, C.H.C. Linguagem, afasia, (a)praxia: uma perspectiva neurolingüística. Dissertação de Mestrado. IEL/UNICAMP, 2002.

MESULAM, M.-M. Aging, Alzheimer's Disease, and Dementia: Clinical and Neurobiological Perspectives. In: M.-M. Mesulam (ed.). Principles of Behavioral and Cognitive Neurology. 2a ed. Oxford, Oxford University Press, pp. 439-522, 2000.

MINAYO, M. C. S. O. Desafio do Conhecimento. Pesquisa Qualitativa em Saúde. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

McNEILL, D. Gesture and Thought. Chicago/London: University of Chicago Press, 1992.

____________. Language and gestures. Chicago/London: University of Chicago Press, 2000.

MONDADA, L. e DUBOIS, D. Construção dos objetos de discurso e categorização: uma abordagem dos processos de referenciação. In: CAVALCANTE, M. M., RODRIGUES, B. B., CIULLA, A. (Org.). Referenciação. São Paulo: Contexto, 2003.

MONDADA, Lorenza. Gestion du topic et organisation de la conversation. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, n. 41, p. 7-36, jul./dez. 2007.

MONTEIRO, P. P. Envelhecimento: Rumo ao Novo Paradigma. Revista Kairós, São Paulo: Educ, n. 3, p. 53-61, 2000.

MORATO, E. M. Linguagem e Cognição – As reflexões de L.S. Vygotsky sobre a ação reguladora da linguagem. São Paulo: Plexus, 1996.

_______________. As afasias entre o normal e o patológico: da questão (neuro)lingüística à questão social. In: LOPES,F.; MOURA (Org.).Direito à fala – a questão do preconceito lingüístico. Florianópolis: Insular, 2000.

______________. Neurolingüística. In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (Ed.). Introdução à Lingüística: domínios e fronteiras. Ed. Cortez, 2001. V. 2.

______________. Metalinguagem e referenciação: a reflexividade enunciativa nas práticas referenciais. In: KOCH, I.G.V.; MORATO, E.M.; BENTES, A. C. (Ed.). Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, 2005.

MORATO, E. M. (org), et al. As afasias e os afásicos: subsídios teóricos e práticos elaborados pelo Centro de Convivência de Afásicos (CCA). Campinas: Editora Unicamp, 2002.

MORATO, E.M. & COUDRY, M.I.H. Digressão e confabulação na afasia: as formas marginais do dizer, in Estudos Linguísticos XXI, Jaú, 1992.

NASCIMENTO, J. C, & CHACON, L. Por uma visão discursiva do fenômeno da hesitação, Alfa, São Paulo, v. 50 n.1, p.59-76, 2006.

NITRINI, R, Machado LR. Condutas em neurologia 1993. São Paulo: Clínica Neurológica HC/FMUSP, 1993.

NITRINI, R.; BACHESCHI L. A. A neurologia que todo médico deveria saber.2º ed. São Paulo: Atheneu, 2010.

OLIVEIRA, C. C. C.; STIVANIN, L. A nomeação de figuras e o acesso lexical na demência de Alzheimer: um estudo de caso. Distúrbios de Comunicação, São Paulo, v.17, n.3, p.359-364, dez. 2005.

OLIVEIRA, M. K.de; REGO, T.C.; AQUINO,J.G. Desenvolvimento psicológico e constituição de subjetividades: ciclos de vida, narrativas autobiográficas e tensões da contemporaneidade. Proposições. Campinas-SP, v.17, n.2 (50), p.119-138, maio/ago, 2006.

PEREIRA, Ana Cristina Carvalho. Os gestos das mãos e a referenciação: investigação de processos cognitivos na produção oral. Tese de doutorado. UFGM, 2010.

PRETI, D. A linguagem dos idosos. São Paulo: Contexto, 1991.

SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. São Paulo: Companhia da Letras, 1997.

SAMPAIO, N.F.S. Alguns aspectos relacionados ao funcionamento da linguagem no envelhecimento. Revista Discursividade. n. 7, dez. 2010.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo e Izidoro Beinkstein. São Paulo; Cultrix, 1975.

SALOMÃO, Margarida. A questão da construção do sentido e a revisão da agenda dos estudos da linguagem. Veredas, Revista de Estudos Lingüísticos. Juiz de Fora. Vol. 3, 1999.

TALMELLI, L.F.; GRATÃO, A.C.M.; KUSUMOTA, L.; RODRIGUES, R.A. Nível de independência funcional e déficit cognitivo em idosos com doença de Alzheimer. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v.44, n.4, p. 933-939. 2010.

TOMASELLO, Michael. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1939.

WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1956.

Published

2013-12-30