SOBRE LINGUAGEM E INTERAÇÃO NUMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS
DOI:
https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.63Palavras-chave:
Linguagem, Interação, Função cerebral, Plasticidade cerebralResumo
Neste estudo, apresentamos a linguagem de um sujeito, morador de uma Instituição de Longa permanência (ILPI). Deste modo, buscamos expor o que pode ser dito a respeito da linguagem de um morador de uma ILPI, sua relação com o outro e ainda, o trabalho realizado pela Instituição para promover a manutenção e reconstrução da linguagem dos idosos. Procuramos analisar qual a influência da instituição asilar no funcionamento da linguagem do sujeito em questão, GM. Assim sendo, para alcançar tais objetivos, partimos dos pressupostos da Neurolinguística Discursiva (ND), por entendermos que seu arcabouço teórico metodológico permite a avaliação da linguagem em funcionamento, levando em conta a variação determinada pela contextualização histórica dos processos linguístico-cognitivos. Destarte, fizemos uma relação entre a questão da regeneração das funções cerebrais, amplamente discutida hoje na área das neurociências, e a perspectiva sócio cultural formulada por Vygotsky (1989) que afirma que a interação com o outro é responsável pelo aprendizado e pelo desenvolvimento do indivíduo. Ainda apontamos os estudos sobre Reserva Cognitiva (RC), comandado por Stern (2009), que corroboram com a ideia de que não só o ambiente atual, mas todo o histórico de vida do indivíduo influencia em sua capacidade de manter e/ou recuperar suas funções cerebrais, incluindo a linguagem.
Como citar:
BERNARDO, Kátia Fernandes. Sobre linguagem e interação em uma instituição de longa permanência para idosos. orientadora: Ivone Panhoca; coorientadora: Nirvana Ferraz Santos Sampaio. 2015. 63f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-graduação em Linguística, Vitória da Conquista, 2015. DOI: https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.63. Acesso em: xxxxxxxx
Métricas
Referências
ANNUNCIATO, N. F.; OLIVEIRA, C. E. N. Influência da Terapia sobre os Processos Plásticos do Sistema Nervoso. IN: LIMA, C. L. A.; FONSECA, L. F. Paralisia Cerebral – Neurologia – Ortopedia – Reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2004.
CARAMELLI, P.; BARBOSA, M. T. (2002). Como diagnosticar as quatro causas mais frequentes de demência? Revista Brasileira de Psiquiatria, 24(1), 7-10.
Complementaridade? Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 9 (3): 239-262, jul/set, 1993.)
COUDRY M. I. H. Diário de Narciso: discurso e afasia. São Paulo: Martins Fontes, 1986/1988.
COUDRY, M. I. H. Neurolinguística Discursiva: afasia como tradução. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Estudos da Língua(gem) Vitória da Conquista v. 6, n. 2 p. 7-36 dezembro de 2008.
COUDRY, M. I. H. O que é dado em neurolinguística. In: CASTRO, Maria Fausta Pereira de. O método e o dado no estudo da linguagem. Campinas: Unicamp, 1996. p. 22.
COUDRY, M. I. H.; POSSENTI, S. Avaliar discursos patológicos. Web revista: Discursividade. ISSN - 1983-6740 Edição nº 7. Dezembro/2010. Disponível em: http://www.discursividade.cepad.net.br/EDICOES/07/Arquivos/01%20Maza%20e%20Sirio.pdf. Acesso em Julho de 2013.
DICIONÁRIO de Ciências Sociais. Coordenação de Benedito Silva. Rio de Janeiro: FGV, 1986.
FÁVERO, L.L. O Tópico Conversacional. In: (org.) PRETI, D. Análises de Textos Orais. Projeto NURC/SP. FFLCH/USP, 1993. P. 33 – 53
FRANCHI, C. (1992). Linguagem atividade constitutiva. Cadernos de Estudos Linguísticos, nº 22, Campinas, p. 9 – 39.
FREITAS, M. T. A. A Abordagem Sócio-Histórica Como Orientadora da Pesquisa Qualitativa. Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Cadernos de Pesquisa, n. 116, julho/ 2002 Cadernos de Pesquisa, n. 116, p. 21-39, julho/ 2002.
FREUD, S. 1916. Conferências Introdutórias sobre Psicanálise. Partes I e II. Ed. Standard, vol. XV.
GINZBURG, C. Sinais: Raízes de um paradigma indiciário. In: _____. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 143-180.
IZQUIERDO, I. Memória. Editora Artmed. Porto Alegre, 2002.
LURIA, A. R. Pensamento e Linguagem: As últimas conferências de Luria. Artmed Editora, São Paulo, SP. 1987.
MAGALHÃES, B.R. Michel Foucault – Sexualidade, corpo e direito. Marília: Cultura Acadêmica, 2011. P. 193 – 216
MARCOLINO, Noeli L. C.(Des) Atenção e memória: um estudo de caso sob a perspectiva Neurolinguística. Estudos da Língua(gem), Vitória da Conquista v. 6, n. 2 p. 145-170 dezembro de 2008.
MARCUSCHI, L. A. Atividades de Compreensão na Interação Verbal. IN: Estudos da Língua Falada: Variações e Confrontos. Org. Dino Preti, 2ª Edição: São Paulo: Humanitas Publicações FFLCHUSP, 1999.
MINAYO, M. C. S. & SANCHES, O. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou NITRINI, R.; CARAMELLI, P.; BOTTINO, C.M.C.; DAMASCENO, B.P. et. al. Diagnóstico de doença de Alzheimer no Brasil - Avaliação cognitiva e funcional. In: Arq Neuropsiquiatria. 2005.
NOVAES-PINTO. R.C. Cérebro, linguagem e funcionamento cognitivo na perspectiva sócio-histórico-cultural: inferências a partir do estudo das afasias. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 47, n. 1, p. 55-64, jan./mar. 2012.
OLIVEIRA, M.K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1999.
ROCHA, Irlandia Maria Serra Negra Coelho. Memória, espaço asilar e representações: um estudo sobre narrativas de idosos. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2010.
SOUZA, L. F. A. Disciplina, biopoder e governo: contribuições de Michel Foucault para uma analítica da modernidade. In: Org. SOUZA, A.F.; SABATINE, T.T.; STERN, Yaakov. Cognitive reserve. Neuropsychologia, v. 47, p. 2015-2028, 2009.
TURRA NETO, N. Enterrado Vivo: identidade punk em Londrina. São Paulo, Editora UNESP, 2004A.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
ZANELLA, A.V.; REIS, A.C.; TITON, A.P.; URNAU, L.C.; DASSOLER, T.R.; Questões de método em textos de Vygotski: contribuições à pesquisa em psicologia.. Psicol. Soc. vol.19 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2007. On-line version ISSN 1807-0310. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010271822007000200004&script=sci_arttext Acesso em: 10/06/2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.